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terça-feira, 24 de maio de 2011

ORDEM DAS PRIORIDADES DO MINISTRO



O Pastor e sua vida com Deus

primeiros dias da Igreja (At 6.1-7). Fato acontecido com os apóstolos pois eram eles quem cuidavam do rebanho após a partida do Senhor Jesus Cristo. Note-se que o motivo apresentado foi justo. Os helenistas isto é judeus que falavam a língua grega viam as viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimentos, indo eles aos apóstolos exigiram uma resposta para o caso. Cientes que poderiam resolver tal situação. Os após­tolos, porém, não abriram mão de suas prioridades: "Nós nos consagraremos à oração e ao ministério da Palavra" (At 6.4). Imediatamente, outros irmãos foram designados para o trabalho das mesas.

Desta maneira entende-se que primeira prioridade de um ministro é o seu rela­cionamento com Deus, nosso mundo é voltado para o sucesso. Em razão disso, em nossas muitas atividades eclesiásticas somos cada vez mais dominados por superlativos. Orgulhamos por ter uma grande Igreja, um grande coral, um grande e ai vai. Rev. Gildásio Reis, Professor de Teologia Pastoral no Seminário Presbiteriano comenta no site: Monergismo.com e recomenda a leitura do livro de Henry Nouwen “ No Nome de Jesus” , onde o autor fala de três tentações mais comuns no ministério pastoral: ser relevante, ser espetacular e ser poderoso. corremos atrás de atender a um modelo ideal de pastor por esta cultura do sucesso que é aquele líder que está sempre ocupado, sem tempo para mais nada. Se estar atarefado é ser importante, então preciso estar atarefado. Mas voltando; como evitar cair na armadilha do excesso de atividades? A resposta é a mais simples possível: Precisamos praticar um tempo a sós com Deus.

"Nós nos consagraremos à oração". Nesta palavras entedemos que Deus vem sempre primeiro. Ao tomarem esta decisão, estavam seguindo o exemplo do Mestre, que, embora sendo Senhor e Mestre, separou parte das horas do dia, as mais privilegiadas, para dedicar-se à comunhão plena com o Pai (Mt 14.23; Mc 1.35; Lc 5.15,16).

O Pastor José Deneval em seu livro Teologia Pastoral recomenda que na relação "ministro-Deus-ministro" está a oração, a meditação na Palavra, a reflexão no trabalho desenvolvi­do. Sem esta estreita relação, não existe consistência no ministério, pois devemos entender que:

Ele é o Senhor e o ministro um servo (Jo 13.13; Fp 2.9-11).

Do Senhor depende o ministro em tudo (Jo 15.5; 2 Co 3.5).

A Igreja é dele e para Ele (Ef 1.22,23; Cl 1.18).

O Pastor e sua vida com a Família

Ninguém se escandalize porque um pastor vai colocar a igreja em terceiro lugar na sua vida. Deus vem sempre em primeiro; mas a família nunca pode vir depois da igreja. Se um pastor perder sua família por não lhe dar a atenção devida, ele automaticamente perdeu seu ministério.

No casamento, duas pessoas de sexo oposto se unem de tal forma que as Escrituras dizem: "tornando-se os dois uma só carne" (Gn 2.23,24; Mt 19.4-6; Ef 5.29-31). Lendo os textos citados, convencemo-nos de que não existe união mais profunda e mais séria do que o casamento.

A família respalda o seu ministério, porém, não necessariamente, ministra com ele. Na história recente da igreja, entretanto, tem sido cobrado que a família do pastor ministre com ele: os filhos tem que ser lideres exemplares, a esposa, além de regente tem de estar liderando as senhoras e o serviço social. Mais que a família do pastor, tem de ser uma família de pastores. o texto de 1Tm 3. 4,5, é crucial. Um trabalho pastoral desprovido da vivência deste texto enfraquece o pastor perante seu próprio casamento e filhos como também tira-lhe a autoridade de ministrar a outros. Quando um pastor vive em harmonia com o seu casamento, cuida melhor da Noiva de Cristo. Quando vive o papel de um pai amoroso e amigo, tem melhores condições de cuidar dos filhos de Deus. Em fim, quanto mais o pastor viver uma vida familiar saudável melhor trabalho fará com a família da fé que é a igreja.

A esposa, portanto, é a companheira inseparável do ministro. Ninguém mais conhece tão profundamente os propósitos, a sinceridade, o sofrimento, as alegrias do servo de Deus, do que sua própria esposa.

É preciso reconhecer que, ao nos levantarmos para pregar, diante de nós temos uma testemunha em "carne e osso" de todos os nossos atos, por mais íntimos que sejam. Nosso ensino e conselhos também são para ela, caso ela nos tenha como homens de Deus.

Pastores precisam se conscientizar que o casamento deve ser alimentado cotidianamente, com respeito (1 Pe 3.7); Amando (Ef 5.25; Cl 3.19).seja através de palavras e atos. Tomar decisões de investir tempo para estar com a esposa a sós, seja num passeio diário ou semanal, nas comemorações de aniversário de casamento ou namoro são importantes para se construir uma vida conjugal saudável.

O Pastor e a sua vida com a Igreja

At 20.28 “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.”

A terceira prioridade do ministro é a igreja, em (Jo 21.15), Jesus o Sumo Sacerdote diz a Pedro: “apascenta as minhas ovelhas”, estava querendo lhe dizer que seu rebanho deveria ser ensinado e levado ao bom caminho, através de um bom pasto. Pedro descreve várias características dos bons lideres na Igreja: (1) sabem que estão cuidando do rebanho de Deus e não do seu próprio rebanho; (2) lideram com intuito de servir, não por obrigação; (3) estão preocupados com o que podem dar não com o que podem receber; (4) lideram pelo exemplo não pela força.

Todo verdadeiro Líder é chamado por Deus, o chamado vem do Senhor, que capacita os Seus servos a desempenharem as funções para as quais foram comissionados. A preocupação do escolhido do Senhor deve restringir-se apenas em santificar-se e buscar a sensibilidade para ouvir o Espírito Santo de Deus.

O Pastor precisa viver a verdade do evangelho, na autoridade e no poder do Senhor, ser uma pessoa que crê incondicionalmente na Bíblia como sendo a Palavra de Deus e que aceite o mover do Espírito Santo em toda a sua amplitude, que jamais queira limitar o Senhor à Palavra, mas, que tenha consciência que Ele é o Senhor da Palavra e que vai além da revelação já existente.

Um dos deveres principais do pastor é alimentar as ovelhas mediante o ensino da Palavra de Deus. Ele deve ter sempre em mente que o rebanho que lhe foi entregue é a congregação de Deus, que Ele comprou para si com o sangue precioso do seu Filho amado (cf. 20.28; 1Co 6.20; 1Pe 1.18,19; Ap 5.9).

Além de alimentar o rebanho de Deus, o verdadeiro pastor deve diligentemente resguardá-lo de seus inimigos. Paulo sabe que no futuro satanás levantará falsos mestres dentro da própria igreja, e, também, falsários vindos de fora, infiltrar-se-ão e atingirão o rebanho com doutrinas antibíblicas, conceitos mundanos e idéias pagãs e humanistas. Por isso, é de grande importância na preservação da pureza da igreja de Deus que os seus pastores mantenham a disciplina corretiva com amor (Ef 4.15), e reprovem com firmeza (2Tm 4.1-4; Tt 1.9-11)

O Pastor e sua Chamada Ministerial

Deus chama homens para exercerem as mais distintas tarefas em sua obra, e, Ele é soberano em seus desígnios, não existe um método definido para a chamada divina. Que pode ser direta ou indireta.

Deixamos claro que a chamada ao santo ministério não é uma e nunca foi uma profissão. No Antigo Testamento, o próprio Deus deixou claro que o sacerdócio era privativo da família de Arão, posteriormente com o surgimento de mais ênfase do serviço profético, eram eles chamados pelo Senhor.

No Novo testamento a chamada ministerial é um dom e uma vocação de Deus. O apóstolo São Paulo é bem enfático na sua carta aos Efésios (Ef.4.11) “Ele mesmo escolheu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres” Deus chama quando quer e como quer. A responsabilidade da chamada ministerial é do Senhor.

O ministério é o instrumento que o Senhor usa na edificação e crescimento da Igreja. Portanto é nessa ardua missão que vem o revestimento e a autoridade para que o pastor exerça a tarefa primaz da Igreja que e a comunicação da Palavra de Deus.

Num estudo mais detalhado de Efésios o Pastor José Deneval apresenta em seu livro os dons ministerias e cita que o ministério pastoral é muito amplo, e compreende os seguintes aspectos:

Governar- Aos pastores cabe a função de supervisionar ainda diz que tem de ser de forma sábia e competente as reuniões, assembléias e atividades administrativas da igreja (I Co 14.40; I Tm 5.17).

Defender- Defender o rebanho de falsos mestres e profetas, que com suas heresias, podem estragar ou desbaratar o rebanho de Deus (Tt 1.9-11; II Pe 2.1,3)

Alimentar- O rebanho de Deus necessita de alimento sadio e dosado pela Palavra. Aos pastores cabe alimentar de forma adequada a igreja, pelo ensino e doutrinação (I Tm 4.11)

Cuidar- Sempre existe ovelhas fracas, feridas e algumas vezes querendo desgarrar-se do rebanho. O pastor, com paciência e amor, seguindo o exemplo do divino Pastor. Tem de cuidar de todos (I Pe 5.1-4; At. 20.28)

O Pastor e sua vida Pessoal

“torna-te parão dos fieis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (I Tm 4.12b); tem cuidado de tí mesmo e da doutrina. (I Tm 4.16).

O pastor é uma autoridade na localidade onde vive, e representa a igreja a qual serve, ele tem de ter a boa reputação de pagar as contas, ser bom cidadão, participar dos projetos da comunidade. Mais importante que isso, o Líder deve ser respeitado como servo de Deus, um líder espiritual para toda a comunidade. O estilo de vida de um Líder afeta não só a sua reputação pessoal, mas também a reputação da igreja. Quando Paulo disse a Tito: “Ninguém te despreze” (Tt 2.15), estava preocupado com a influência de líderes tanto da igreja quanto de fora dela. O servo do Senhor não deve ser posto de lado como pessoa dispensável, sem influência e não desejada. O Líder cuja vida pessoal está em ordem evitará ser um proscrito. “Purificai-vos, vós que levais os utensílios do Senhor” (Is 52.11).

Quando relata em (Lv. 8.7-13) a cerca das vestimentas dos sacerdotes que vestiam-se com toda pompa, Deus estava deixando claro que o lider não deveria se trajar de qualquer maneira mas sim com elegância. Não é bom esquecer que o traje está relacionado com o ambiente portanto a indumentário do pastor deve ser: sapatos limpos, roupas passadas, unhas limpas, ser amigo dos desodorantes, jamais deixar de usar alegando que o crente tem de ter o cheiro de Cristo, creio que nosso Senhor não andava nas terras quentes de Israel desta forma.

O pastor também é humano e necessita de cuidados do corpo dentro das possibilidades um exercício físico trará resistência nas visitas pastorais, o sono é de suma importância pois trará recuperação das energias gastas no dia a dia, a alimentação é fundamental e deve ser saudável pois ajuda nos rendimentos funcionais e bem estar.uma vida saudável e alicerçada na Palavra de Deus, fará com que o Pastor saiba superar tempos difíceis.

No texto (I Tm 4.16)o pastor José Deneval em seu livro Teologia Pastoral comenta alguns itens necessário ao padrão de comportamento na linguagem do pastor.

Tonalidade da vóz – é fundamental que se evite falar gritando, também não falar baixo demais que seja difícil de ouvir.

Vocabulário – (Ef. 5.3-4) não deve ser recheados de gírias, é importantissimo que durante a pregação ter cuidado para não usar palavras “pesadas” ou então incompreensivel aos ouvintes. o vocabulário deve ser de acordo com o auditório

Gestos – a fala também envolve gestos, eo pastor deve ter cuidado para não ser exagerado nos seus gestos.

O ministro sempre é visto como exemplo em tudo, portanto não pode falhar nestes detalhes.

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