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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

PLENARIA DA SEMANA DO CONGRESSO UNIFICADO 2010 - MAGUARI



O JUGO DESIGUAL


Texto Base: Gn. 24:3; Gn. 28:1; Dt. 7:3
Aqueles que trabalham com aconselhamento para jovens e adolescentes já perceberam que existem algumas temáticas que estão ficando cada vez mais freqüentes: estilos de música, depressão, masturbação, bebidas alcoólicas, divertimentos, sexo antes do casamento, entre outros. Um desses “outros” temas muito discutido e, infelizmente, presente em grande parte de nossas congregações é o JUGO DESIGUAL, ou seja, o namoro, noivado ou casamento de um salvo com um não salvo, apesar dos freqüentes apelos e orientações enviadas às igrejas, através dos livros, revistas, lições e demais publicações voltadas ao público jovem. Parece que, em matéria de “coração”, não damos muita atenção ao “Assim diz o Senhor”. É comum ouvirmos expressões do tipo: “Na igreja não há bons rapazes para se namorar”. “As meninas são muito inconstantes”. “Já procurei mas não encontrei ninguém que me atraia na igreja”. “Ele(a) é super compreensivo, e não me impede de viver a minha fé”. “Eu tenho certeza que ele(a) se converterá futuramente”. “Eu conheço um casal que casou em jugo desigual, mas depois ele(a) se converteu e hoje vivem felizes na igreja”. E por ai vai… Este tema é muito importante, pois é uma das maiores causas de apostasia entre os jovens salvo da atualidade. Portanto, é necessário que ele seja amplamente debatido e os jovens recebam o devido aconselhamento para que tenham relacionamentos saudáveis, duradouros e fundamentados na Palavra de Deus – nossa FONTE de fé e prática. Não basta apenas “disciplinar” mais orientar. Devido ao fato de o número de mulheres serem bem superior ao de homens em nossas congregações, parece que as jovens estão mais sujeitas a enveredarem pelos caminhos tortuosos e perigosos do jugo desigual. Por isso, os líderes (pastores, presbíteros, diretores de jovens, etc.) precisam atentar para uma “lacuna” que existe em alguns lugares, no sentido de que não são promovidos encontros, seminários, eventos, etc., que permitam aos jovens conhecerem outros solteiros dentro dos nossos “arraiais”. A Internet tem “ajudado” para encurtar distâncias, todo homem na Internet é rico, bonito, inteligente, romântico, respeitador, etc… Portanto, queridas jovens, cuidado! rsrs A palavra “jugo” no tempo moderno é quase desconhecida, mas nos tempos antigos se tratava de algo comum. O termo “jugo” tem duplo significado, sendo figuradamente no sentido de submissão, opressão e autoridade, tem também o sentido de canga com que se jungem certos animais para determinados serviços, logo se trata do trelamento de dois animais pelo pescoço, de maneiras que um não pode ir para qualquer direção ou parar sem o outro; o propósito do jugo é para manter os dois animais bem perto um do outro reunidos de forma a trabalharem juntos. Por muitas vezes Deus no VT usou o termo figuradamente. Ele falou que Esaú serviria a seu irmão Isaque (Gn 27:40), também que se o povo (Israel) não cumprisse as leis e os estatutos que Ele lhe havia ordenado, sofreria maldições, dentre as quais seria oprimido sob um jugo (Dt 28:15, 47-48). Na lei, Deus determinou que não se lavrassem com junta de boi e jumento (Dt 22:10). Os líderes religiosos em Israel haviam posto sobre as pessoas a imposição de um jugo pesado, o povo se achava cansado de tanto formalismo religioso e sobrecarregado por tanta imposição de regras religiosas, sem contudo estas lhe trazerem o descanso. Quando o Senhor Jesus esteve aqui no mundo Ele convidou as pessoas: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11:28-30). Havia um contraste grande entre o jugo e o fardo do Senhor Jesus, com os dos líderes religiosos. Num sentido latus alguns vêem Jugo desigual também como desigualdades físicas, diferença cultural, os quais a seguir estaremos tratando resumidamente. Há quem veja, jugo desigual nas desigualdades físicas como estatura, grupo etário, estética ou etnia. É bem verdade que tais aspectos podem, muitas vezes, acarretar determinados transtornos no relacionamento. E isso é ocasionado pela herança cultural que cada um recebe no âmbito familiar. Se, por exemplo, aprendemos que a cor da pele ou diferença de idade é fator negativo e, ainda assim, nos envolvemos num relacionamento sem considerar o nosso aprendizado, podemos perder a aceitação familiar e colhermos frutos da indiferença e, às vezes, até da inimizade. Contudo, não significa dizer que um casal, mesmo possuindo alguma das diferenças citadas, não tenha a chance de ser feliz. Se estivessem dispostos a relevar eventuais críticas ou rejeições, assumindo conscientemente a escolha, poderão sim encontrar o caminho da realização e da felicidade. Afinal, o namoro e o casamento proporcionam a rica oportunidade de diálogo, conhecimento e confronto com valores e práticas muitas vezes equivocadas levando-nos a vivenciar experiências novas e a construir novos conceitos e paradigmas. Outro aspecto apontado como incurso no jugo desigual é a diferença cultural. Alguns alegam que um casal que não possui o mesmo nível social ou profissional pode ter limitações para ver o mundo sob um mesmo prisma, Quando chegam a esse nível, tais relacionamentos normalmente culminam em isolamento, esfriamento e provável separação. Entretanto, se analisarmos por outro ângulo, existe casais que se conheceram vivenciando estas diferenças e insistiram em levar adiante o relacionamento e conseguiram construir uma convivência saudável e respeitosa. Portanto, não é correto afirmar que o relacionamento conjugal entre pessoas de diferentes níveis sociais seja condenável do ponto de vista bíblico. Porém entendemos que Em 2ª Coríntios 6:14-16, o apóstolo Paulo está tratando especificamente de um comprometimento desigualado entre uma pessoa crente com outra descrente; isto está claro pelos termos que usa depois de declarar “Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos...”. Logo em seguida ele faz cinco perguntas cujas respostas têm como objetivo levar cada crente a refletir quanto à seriedade de se porem em jugo desigual. As associações proibidas por Deus
  • A justiça e a Injustiça;
  • A luz e as trevas;
  • Cristo e Satanás;
  • O fiel com o infiel;
  • O templo de Deus com os ídolos;
Que sociedade pode haver entre a justiça X injustiça? Crentes já justificados aprendem a discernir o que é certo e o errado. Quem aprende o caminho da justiça não o confunde mais. Vários profetas do Antigo Testamento combateram ardentemente a injustiça. Jesus chamou de bem aventurados os que têm fome e sede de justiça. Que comunhão, da luz X trevas? Quem vive nas trevas não enxerga a luz. Satanás se transforma em “anjo de luz” (II Coríntios 11.14). Somente quem está na luz tornar-se capaz de discernir, os demais são cegados e menos ainda podem ver. Que harmonia, entre Cristo X Satanás? Harmonia vem do grego sinfonesis, dá sentido de acordo ou pacto. Maligno ou belial pode ser traduzido por “coisa à toa”, o nada por excelência, eufemismo para ídolo ou satanás. Lembra a cena do julgamento de Cristo. E muitos ainda escolhem a Barrabás. Paulo parece não declarar uma escolha, mas aponta que pelos frutos podemos identificar com quem mais nos parecemos. Se nossas ações têm características mais afeitas a um ou a outro. Mais do referir-se a roupas, tão polêmicas, Paulo aborda o coração do problema. Que união, do fiel X infiel? O crente não tem parte na vida do incrédulo. Não compartilham do estilo de vida dos incrédulos. Que ligação há entre o santuário de Deus X ídolos? Havia um contraponto com os templos gentios – sempre cheios de ídolos. É que os sacrifícios ali oferecidos são aos demônios e não a Deus (I Coríntios 10.20). Era preciso romper. Os coríntios tinham cessado de considerar pecado a prática da idolatria e corria-se o risco de introduzir um ídolo no culto a Deus. Daí a necessidade dos gentios entenderem que não poderiam mais freqüentar esses templos, tão pouco acharem que Deus se restringe a um lugar e finalmente alcançarem a idéia de que SÃO templos do Espírito Santo. Dicas práticas Se seu cônjuge fala coisas imorais, deprecia sua fé ou age de uma maneira que você sabe não ser aprovada aos olhos de Deus, o que você faz? Briga, discute, chora, aproveita para dar um sermão? Pois veja estes conselhos de Gary Oliver, especialista na área familiar e autor de livros e artigos sobre o assunto:Mesmo que reprove a atitude, não confronte seu cônjuge em público;
  • Use a expressão "minhas convicções" para declarar sua crença;
  • Procure desfrutar junto com seu parceiro(a) programas saudáveis (não religiosos) e descubram gostos em comum na hora de se divertir. Dedique um tempo à família e jamais deixe de lado sua vida sexual.
  • Ore sem cessar. A oração é o que lhe trará conforto, força e sabedoria, e renovará o coração de seu marido ou esposa. "Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. (Ezequiel 36:26);
  • Cultive seu relacionamento com Cristo. Leia a Bíblia, ore e se não puder ir à igreja, procure se reunir com um pequeno grupo onde possa compartilhar suas necessidades e orar;
  • Não desista. Confie que Deus tem o melhor para você e seu cônjuge. E lembre-se sempre da promessa: "...Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa." (Atos 16:31)